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Instalação | Pormenor da exposição de fotografia "O MOMENTO CERTO", EB 2/3 Almeida Garrett
Foto de António Limpo.
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Na segunda edição do Boletim Digital damos continuidade à partilha do trabalho realizado no âmbito do Programa Cultural de Agrupamento Vertical de Almeida Garrett, e sobretudo, queremos realçar o trabalho de todos quantos «habitam» este território educativo: docentes, estudantes, famílias, técnicos especializados, assistentes técnicos e operacionais, parceiros e ainda aqueles que se juntarão a nós, num qualquer momento desta viagem. Por isso, tornar visível o trabalho que desenvolvemos é um modo de nos comprometermos com a «vontade de mudança» que queremos para as artes, mas sobretudo para a educação em geral, cabendo a cada um de nós ser «autor» de práticas que ousem desafiar o «estabelecido», sem receios de inquietações que, porventura, nos irão perturbar e questionar. É deste equilíbrio instável que poderemos reinventar os sentidos para a nossa ação na escola, vista na pluralidade das suas dimensões.
E mais uma vez se salienta que o Programa Cultural não é privilégio apenas das artes, sublinhando-se a sua importância na confluência de conhecimentos das várias áreas do saber, sem menosprezar as dimensões ética, política, estética da vida dentro e fora da escola.
Deixamos-vos, então, com algumas de muitas iniciativas que, em conjunto, vamos desenvolvendo, mas gostaríamos de chamar a atenção para uma preocupação educativa que nos é trazida por Tomás Patrocínio, no final deste Boletim.
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Diário de Bordo de Rita de Jesus
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DIÁRIOS DE BORDO : O PRESENTE DO PASSADO
A designação de Diário de Bordo já remonta há alguns séculos, estando a sua origem relacionada com a navegação marítima, instrumento onde era registado o que acontecia ao longo de uma viagem.
O Diário de Bordo, também conhecido como «caderno de campo», foi, posteriormente, «importado» para várias áreas disciplinares, como instrumento de registo diário, fixando planos, anotações, rascunhos, desenhos, esboços de ideias, reflexões, tudo o que pudesse surgir no decorrer do desenvolvimento de um projeto de trabalho. Também na formação «As Artes no Currículo: Encontros, Questionamentos e Possibil[Idades]», utilizámos o Diário de Bordo para percorrer este itinerário formativo, permitindo-nos perspetivar a formação como uma ação transformadora no nosso quotidiano educativo. À medida que a Ação se desenvolvia, desenhámos caminhos que entrecruzavam os conhecimentos que íamos adquirindo, com a planificação das nossas atividades no dia-a-dia, deixando autonomia a cada um, para, através dos seus registos fixar o trabalho que desenvolvia. Este modo de estar na formação, o mesmo será dizer de estar na prática do quotidiano letivo, permite refletir sobre o que faz e o que pode vir a fazer, alterando perspetivas, reformulando estratégias, para que a formação não seja, nem um ato isolado, nem um ato acabado, e acima de tudo, nos ajude a criar, desenvolver e manter a «necessidade de ter necessidade» por áreas que, muitas vezes, não estão nas agendas das preocupações educativas.
DEIXEMOS AGORA FALAR QUEM NESTE PROCESSO PARTICIPOU:
(…) Ao longo deste processo fui organizando o meu Diário de Bordo. Este instrumento foi muito importante para me ajudar a preparar as atividades, organizar momentos de reflexão em conjunto com os alunos e pessoais que tornaram as tarefas muito mais enriquecedoras para a turma e para mim. Este registo foi importante para o presente, mas também o será no futuro porque tenho um registo escrito sobre as tarefas que trabalhámos na formação e o que eu senti em cada sessão, posteriormente o que trabalhei com a turma, o que correu bem e o que faria diferente. Esta reflexão é para mim muito importante porque é o momento de ajustar processos, questionar-me e desafiar-me a novas possibilidades. (Gilda Evangelista)
(…) [N]o que diz respeito à elaboração de um Diário de Bordo, metodologia que representou uma novidade para mim e na qual reconheço inegável valor enquanto instrumento orientador, saliento a sua grande utilidade por ser um proporcionador da necessária reflexão sobre os momentos de ensino/ aprendizagem desenvolvidos e da melhoria da planificação das aprendizagens futuras a realizar pelos alunos. (Jorge Prata)
O «Diário de Bordo» serviu, para mim, como um recurso útil para o registo da minha prática educativa, de reflexão e foi até impulsionador de novas abordagens, contribuindo deste modo para o desenvolvimento da minha criatividade. Neste diário registei conhecimentos que adquiri na formação, que mais tarde poderei consultar para aplicar em aulas futuras. Também registei reflexões minhas que derivaram de vários fatores, tais como, as reações dos alunos, os resultados obtidos depois da aplicação de conhecimentos, ideias que poderia pôr em prática em aulas futuras, etc. Foi deste modo que o «Diário de Bordo» se tornou impulsionador de novas abordagens, pois a partir do que experimentei, vivi, observei e refleti pude criar e delinear novos caminhos e novas abordagens. Procurei criar aulas que, de um modo transversal, abordassem todas ou algumas das componentes do currículo que envolvem as artes (artes visuais, expressão dramática/teatro, música e dança). (…) Futuramente continuarei a construir «Diários de Bordo», pois são uma ferramenta de trabalho bastante útil e uma mais valia para o processo de ensino/aprendizagem. (Rita de Jesus)
Ao reler estes testemunhos, não pude deixar de me lembrar de uma afirmação de António Nóvoa no ano de 1991, à época proferida na Conferência «Formação Contínua de Professores - Realidades e Perspectivas», na Universidade de Aveiro e publicadas em livro (p.15-38) sob o mesmo título:
A formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos professores os meios de um pensamento autónomo e que facilite as dinâmicas de auto-formação participada. Estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e os projectos próprios, com vista à construção de uma identidade, que é também uma identidade profissional.
(Nóvoa,1991)
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PRÓXIMAS FORMAÇÕES
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS (docentes e crianças) | OFICINAS | TEATRO | DANÇA | MÚSICA | ARTES VISUAIS | a realizar ao longo do ano
A(S) ESTÉTICA(S) E A(S) TÉCNICA(S) DO DOCUMENTÁRIO | fev.;
NOVO
CURADORIA PARA A INFÂNCIA I em data a anunciar
Parceria com o Museu de Etnologia e Fundação AGA KHAN.
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PARCERIA ENTRE O MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA E O AGRUPAMENTO
«SEMEAR O TERRITÓRIO»
No âmbito da parceria entre o Agrupamento e o Museu Nacional de Arqueologia (MNA), e decorrente da temática "Objetos e dos seus trajetos: Do Paleolítico aos nossos dias", trabalhada nas turmas do 5.º ano, com Mário Antas e pela Maria José Albuquerque, do serviço Educativo do MNA e, posteriormente trabalhada numa dimensão transdisciplinar por Elisa Marques e Fátima Veleda, a turma do 5.º F explica como é que fez ATÉ AQUI CHEGAR….
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Instalação "SEMEAR O TERRITÓRIO", Turma do 5º ano F. Foto de António Limpo.
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Instalação. Foto de António Limpo.
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ATÉ AQUI CHEGAR, viajámos por entre territórios, observámos animais, plantas e objetos.
Percorremos milénios de História.
Deixámo-nos «guiar» por interrogações: Como foi e como é a vida?
Parámos em muitas encruzilhadas…
A ideia de «Mapa» atravessou os nossos caminhos.
Mais e mais interrogações: Como eram, como são e como poderão vir a ser?
As manchas, as escalas, as formas, as linhas, as fronteiras, as legendas…
Foi um rebuliço nas nossas cabeças… ziguezagueamos por entre espaços… perdemo-nos…
Encontrámo-nos com a ajuda de um GPS…
E depois como fizemos?
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Foto original de Fátima Veleda.
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Foto de António Limpo.
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Desmontámos teclados, semeámos o verde e plantámos flores…
Por entre manchas de branco-lilás apareceu um verde fugidio.
Aprendemos sobre a vida do passado e encontrámo-nos AQUI, na contemporaneidade…
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Foi difícil deixar «voar» as imagens antigas. Desenhámos outras no ar… desenhámos, desenhámos… e NADA. Nas nossas cabeças saltitavam os territórios já conhecidos. Era um verdadeiro jogo de esconde- esconde…
Deixámos repousar as ideias…
Após um grande labor,
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encontrámos outras formas de territórios. Imagens novas… As nossas. Formas que ninguém ainda viu…
De certeza que se irão interrogar…
Também foi por isso que decidimos SEMEAR O TERRITÓRIO.
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Fotos de António Limpo (esquerda/direita em cima e esquerda em baixo) e Fátima Veleda (direita em baixo e foto final).
Foto de Catálogo da Exposição Mappamundi, Museu Berardo, 2011, organização de Guillaume Monsaingeon (em cima).
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E AGORA O CINEMA COM O INDIEJÚNIOR...
EU PROGRAMO UM FESTIVAL DE CINEMA
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No âmbito do Festival IndieLisboa, secção IndieJúnior, a turma A do 9.º ano irá participar na iniciativa «EU PROGRAMO UM FESTIVAL DE CINEMA», que consiste no visionamento de várias curtas metragens na escola. O objetivo central desta atividade é dar oportunidade aos estudantes de contactar com universos cinematográficos, permitindo-lhes programar uma sessão especial para o Festival IndieJúnior 2021.
Para a concretização desta iniciativa, os organizadores do Festival estabeleceram o seguinte cronograma :
- Entre janeiro e fevereiro
Visionamento de curtas metragens: ficção, animação, documentário;
Discussão sobre os aspetos estéticos e técnicos;
Escolhas dos filmes a integrar na sessão de curtas metragens a competição para público maior de 12 anos, no IndieJúnior 2021;
- Entre 29 de abril e 9 de maio
Presença dos estudantes em pelo menos uma sessão do IndieLisboa-Indiejúnior, para apresentação pública da sessão por eles programada.
Tal como aludíamos no início deste Boletim: estamos sempre abertos e muito agradecemos aos que connosco querem « habitar».
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Luís Raposo* | Museu Nacional de Arqueologia. Foto original de Pedro Cunha.
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O TEMPO, O ESPAÇO, OS OBJETOS E AS SUAS LEITURAS EM ARQUEOLOGIA
A conferência «O TEMPO, O ESPAÇO, OS OBJETOS E AS SUAS LEITURAS EM ARQUEOLOGIA», aberta a todos os docentes do Agrupamento, integra-se no projeto de articulação entre o Agrupamento e o Museu Nacional de Arqueologia (MNA). Constituiu-se num modo de sistematizar e clarificar os conhecimentos desenvolvidos com os estudantes na primeira etapa do projeto.
Luís Raposo, uma voz inconfundível da Arqueologia do nosso país, relembra-nos conhecimentos que aprendemos há muito, mas que agora podemos entender com novas configurações; i.e.; dando-lhes outros sentidos.
Fez-nos percorrer muitos anos de História, recordando-nos que o tempo não é linear, é fugidio, porque nos escapa, pela dificuldade em o controlar.
Se não controlamos o tempo na sua linearidade, o espaço também pode ir do «infinitamente pequeno ao infinitamente grande», dependendo dos pontos de vista e das perspetivas com que olhamos para as realidades. Chamou-nos a atenção para a transdisciplinaridade das disciplinas que a Arqueologia necessita para resolver as «angústias» do tempo e do espaço e as problemáticas que se lhe depararam e continuam a deparar.
Traz a esta equação os objetos que se podem configurar como «narrativas arqueológicas», salientando para o muito que sabemos sobre eles, e, simultaneamente, deixa a perplexidade do tanto que se pode ter perdido, por apenas termos acesso ao «registado» e pelo tanto que pode ter ficado algures em espaços perdidos…
Faz-nos lembrar os enigmas dos objetos de que as faces do tempo deixam porvir, avisando-nos de que, nesta equação, a contemporaneidade é primordial para dar a ver os objetos que nos permitem «explorar configurações de espaço e tempo que não são mais do que formas de entender o passado» e que nos possibilitam ainda, na sua multidimensionalidade, deambular e recriar a própria História.
Afinal, como Luís Raposo nos diz: (…) a História faz-se no presente e a perceção do passado é instrumental (…)», mas não poderemos «fugir» dela, das suas «caixas do tempo» e nas suas periodizações, porque, se não o fizermos não nos entenderemos. Elas são «cognoscentes», são formas de nos encontrarmos no presente para «nosso conforto e benefício».
*Arqueólogo. Especialista em Pré-História Antiga (Paleolítico). Responsável do Sector de Investigação do Museu Nacional de Arqueologia (Diretor entre 1996 e 2012). Presidente do ICOM Europa (desde 2013; Presidente do ICOM Portugal entre 2009 e 2012). Vice-Presidente da Direção Associação dos Arqueólogos Portugueses (desde 2015).
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O Tempo, O Espaço, Os Objetos e suas Leituras em Arqueologia
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Baseado em still frame do Documentário "NEM + NEM -", de Cláudia Alves. Edição de foto por António Limpo.
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Na 1.ª Edição deixámos uma promessa à Turma do 9.ºE.
Essa promessa consistia em dar continuidade à reflexão que tivemos no Seminário da Fundação AGA KHAN, em novembro de 2020.
Dizíamos que, uma vez por semana, iríamos debater e refletir sobre o que nos inquieta, mas sobre TUDO iríamos fazer muitas PERGUNTAS.
Ainda não nos foi possível. Todos sabem o porquê.
VAMOS CUMPRI-LA.
Dizíamos também que não devemos nunca desistir...
Teremos «PERGUNTÁRIO», SIM.
Afinal, o que é o «PERGUNTÁRIO»? Foi esta a interrogação que ficou para explicar, e tal como também prometemos, a explicação fica aqui em breves linhas:
O PERGUNTÁRIO* assume-se como uma estratégia educativa que visa desenvolver uma atitude interrogativa em relação ao mundo, partindo de perguntas-temas que vão ocorrendo num espaço de discussão. Essas perguntas vão acontecendo, não sendo previamente dadas pelo professor, no entanto este terá de ter presente que a surpresa e o espanto, características essenciais deste espaço formativo, devem animar as várias sessões. Porquanto, o professor / animador, deverá ter à partida, modos diversificados de intervir, no sentido da conversa se manter dinâmica e, gradualmente, se possa passar de discussões do nosso «mundo-próximo» para um «próximo-mundo». A pertinência desta abordagem situa-se na discussão do conhecido, mas, sobretudo, e o mais importante é acrescentar novos dados para poder aceder ao que ainda é não é conhecido.
Baseado numa metodologia de diálogo argumentativo, que consiste em utilizar a «ironia» e a «maiêutica», como formas de exercitar e expandir o universo de respostas e, simultaneamente, inventariar novas perguntas, construindo, à medida que a conversa se desenvolve, dados novos sobre os conhecimentos já adquiridos, ampliando, assim, o repertório de ideias e conceitos, numa «perspetiva rizomática», na qual, como nos ensina Deleuze e Guattari em Mil Platôs (1980), se formam, inventam e «fabricam», atravessando, assim, diferentes áreas disciplinares, num «verdadeiro» cruzamento de saberes.
A busca de respostas está sempre ligada à procura de novas perguntas, sendo tarefa do orientador trazer para o espaço formativo diferentes estímulos e atividades, que vão desde a leitura de excerto de um livro, a uma ida ao Teatro, à participação numa conferência, entre tantas outras que possam «habitar» o mundo interior de cada um, para, em conjunto, constituir «comunidades de prática reflexiva».
Sendo a capacidade de fazer perguntas o mais sábio exercício pedagógico, tal como nos lembra Molina (2005), a escola tem a responsabilidade de levar os estudantes a fazer perguntas, ao invés de se focar apenas em respostas únicas, e pré-concebidas.
*O «Perguntário» integra-se no Programa Cultural do Agrupamento e foi desenvolvido pela primeira vez no ano letivo de 2018/19, por Elisa Marques, Lindsay Oliveira, com a colaboração das Professoras Adélia Morais e Graça Gerardo, numa turma do 9.ºano.
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Foto de Tiago Carvalho, 4.º A, EB1 /JI Quinta Grande
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VIAGENS NA MINHA ESCOLA
Parar, contemplar, ouvir, ver o silêncio…
Descobrir,
Andar , passear…
É neste ritmo que, de vez em quando, largamos a sala de aula, deixamos para trás os nossos lápis e canetas e livros e vamos pela escola, juntos, a conversar.
Desta vez, parámos numa Exposição de Fotografia, bem perto da sala da Direção.
Deambulámos por entre cores, paisagens, pessoas, afetos que outros eternizaram.
Lemos a Folha de Sala em conjunto.
Sentámo-nos, ouvimos uma música de pura guitarra portuguesa… e, no coração, elegemos a nossa fotografia preferida.
Tirámos uma fotografia à Fotografia eleita.
Voltámos para a sala e escrevemos um texto narrativo a partir desta viagem pela nossa escola!
Esperamos fazer muitas mais! (Elvira Zanatti)
E, de Viagem em Viagem, deixamos-vos com:
Não é a Lagoa, é ela
E lá estava eu, outra vez. Mais um fim de tarde na minha lagoa.
Nunca foi fácil viver basicamente sozinho. Isto, porque a relação que eu tinha com os meus pais não era das melhores, e amigos… bem, amigos também não. Acabava sempre por me afastar das pessoas, ou então por afastá-las de mim. Consegui criar uma paz interior e não precisava de mais ninguém, achava eu.
Passava todas as tardes na lagoa, perto da minha casa. Adorava o espelho que a água criava. Parecia que aquele céu rosa e roxo, laranja e amarelo estava em todo o lado.
Era ali que todos os meus problemas e pensamentos indesejados desapareciam. Era ali onde me sentia especial, porque ninguém ia para aquele sítio, e eu sentia que a lagoa era só minha e que eu pertencia à lagoa.
Um dia, sentei-me na minha pedra e pus os pés dentro de água. Tenho de dizer que apanhei o susto da minha vida, mas quando me virei, estava uma menina sentada ao meu lado. Fiquei no meu canto, um pouco perturbado, no entanto ela começou a conversa:
- Também vens cá todos os dias?
- Todos os dias?- respondi confuso.
- Sim. É normal que nunca me tenhas visto, nunca deixo que me vejam.
E assim continuou a conversa…
Tenho de admitir, ela tornou-se na pessoa mais importante da minha vida, no meu único suporte. Éramos os dois, os isolados fora da norma, e nós completávamo-nos…
Hoje continuo a ir à lagoa. Porém quem resolve os meus problemas não é a lagoa, é ela.
Margarida Marques
N.º 14; 9.ºB
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Por Tomás Patrocínio
COMBATE AO PLÁGIO : UMA PREOCUPAÇÃO EDUCATIVA
A publicação de conteúdos por parte das instituições e das pessoas comuns, em particular, coloca problemas éticos e jurídicos bastante relevantes.
E o que se passa no quotidiano das nossas escolas? O respeito pela autoria de um texto, de uma poesia, de uma fotografia, de uma escultura, …é/tem de ser uma preocupação educativa com caráter de urgência. Na verdade é uma preocupação que tem de começar em tenra idade, no ensino básico, sempre que os alunos fazem um relatório, um trabalho e também quando o professor apresenta textos ou imagens na sala de aula ou em outro contexto escolar ou educativo. De resto é também importante que os alunos se habituem a assinar os seus trabalhos.
Sabe-se que o plágio sempre existiu, mas no contexto do mundo digital, fica extremamente facilitado e ganha visibilidade pela possibilidade da ação “corte e cola” de textos de documento para documento, bem como da inclusão de quaisquer objetos hipermédia (música, vídeos, fotografias, pinturas, etc.) em qualquer tipo de trabalho. Os programas de deteção de plágio têm-se multiplicado ajudando bastante ao combate a este fenómeno. Têm sido tornados públicos plágios em muitos domínios, alguns conduzindo mesmo à anulação de mestrados e de doutoramentos.
A questão da autoria exige uma preocupação educativa para o rigor ético e para a honestidade intelectual desde muito cedo e em permanência. Apela a que toda e qualquer citação seja devidamente referenciada, que as fotos e as músicas sejam identificadas, prática que é essencial promover, dentro e fora da escola, não apenas nos trabalhos de investigação, sobretudo nos trabalhos de divulgação, em relatórios, em trabalhos de qualquer disciplina ou especialidade, em trabalhos das áreas de projeto que se realizam diariamente.
Vamos cultivar, todos os dias, o valor da autoria como uma dimensão ética essencial da sociedade tecnológica digital globalizada, como um tema de cidadania e desenvolvimento numa perspetiva ontológica.
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Devido ao novo período de confinamento geral, apresentamos propostas exclusivamente online.
Basta clicar na imagem correspondente para seguir o link.
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ARTES PLÁSTICAS
10 Pintores Portugueses que Tem de Conhecer
Exposição virtual Google Arts & Culture
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TEATRO
TEATRA, Podcast do Teatro Nacional D. Maria II
Conversa com o ator e encenador David Pereira Bastos
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DANÇA
O Baile , RTP Palco | Mathilde Monnier e Allan Pauls (autoria) | Argentina | exibido a 23 de janeiro
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MÚSICA
Music Feeds Festival | Artistas Nacionais (como The Gift e Legendary Tiger Man) e Internacionais (Liam Gallagher, Sam Smith, James e outros) | 28 e 29 de Janeiro | 20h00
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Apoio
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FICHA TÉCNICA
Conceção - António Limpo e Elisa Marques
Design Gráfico - António Limpo
Textos - Elisa Marques
Revisão de Conteúdos - Clara Santos
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